Eu gosto de ver as coisas como elas são. Apesar de minha simplicidade e de pouca eloquência, sou observador de quase tudo o que vejo.
Antes de conhecer as coisas de Cristo e os movimentos da igreja, não prestava muita atenção nos comportamentos das pessoas, pois também não tinha uma atitude tão certa e quando vivemos errado, parece que o errado e o certo, aparentemente, parecem certo para os que vivem assim (Apocalipse 21,11). Mas um dia eu conheci o certo da vida, e assim descobri que estava vivendo errado. Impressionante! Agora aprendi que não posso mais viver errado se eu quiser ter a vida no caminho certo. Foi quando li o Salmo 72, que percebi um pouco da minha história. Eu comparo minha vida entre os meus 9 e 10 anos. Brincávamos na chuva e era muito bom fazer polentinha com os pés na enxurrada, ou seja, ficávamos sapateando no Barro até ele ficar como uma polenta. Aí vinha a disputa de que quem acertasse mais barro no outro ganhava a competição. Porém, imagine em que situação ficávamos, não é mesmo? Um pelote de barro! Ah, mas não fazia diferença. Como a nossa brincadeira e a vida errada que vivíamos era igual aos outros, não tinham que observar. Mas quando acabava a brincadeira, tomava banho e colocava uma roupa limpinha, ninguém percebia a situação que estava.
Assim é a vida ao optar ser diferente em Cristo Jesus. Fui encontrando dificuldade para viver limpo nas coisas que fazia. O salmista conta que ficava indignado com os ímpios, que aparentemente tudo dava certo para eles. Não existia sofrimento, seus corpos eram sadios, não sofria o tormento como os outros homens. Eu também comecei a observar tudo isso quando eu mudei de vida e quase joguei fora minha conversão. Parece que quando bebia, fumava, brigava, não orava, dava tão certo! Diante desses pensamentos, só tem um jeito de saber sair. É expulsando o falso raciocínio (Sabedoria 2, 1). E como sou observador, eu não podia mais usar minha inteligência para voltar no que era. Foi quando li I Tessalonicenses 5, 15–22. Nessa leitura, descobri 8 conselhos que São Paulo deu: orar, dar graça, não instigar o Espírito Santo, não desprezar profecia, examinar tudo, abraçar o que é bom, se livrar do mal.
Diante de tudo isso, eu observei que o melhor é passar por todas as provas que são reservadas para mim e não voltar para trás.
Olha o que diz na primeira carta de Pedro 3, 17–18. Com isso, deixei de fazer errado e procuro fazer o mais certo possível. Sei que não sou perfeito, mas não vou desistir. Deixei de fazer polentinha no Barro e hoje tenho uma veste nova. Amém.
Seu fundador,
João Camilotti Filho.